Apêndice é um termo utilizado para nomear algo presente, porém inútil, desnecessário. Existe um órgão dentro do corpo humano com esse nome, que um dia tinha função, mas perdeu-a e manteve-se em nossa estrutura. Atualmente, serve apenas para criar problemas em diversos casos, obrigando o prejudicado a fazer uma cirurgia. E entre tantos jogadores do Fluminense, justo o Frederico sentiu as tais dores. Logo ele, o único indispensável na equipe.
A noite de quinta-feira foi marcada por um duelo bonito de se ver entre o tricolor gaúcho e o carioca. Mesmo com o campo encharcado, dificultando o rolar da bola e o marcar dos zagueiros da equipe do Rio - a qual, aliás, já era ruim de se ver - as chances foram criadas e a emoção foi intensa. E o que pesou para a vitória dos gaúchos foi o excesso de desfalques no time do Flu. Vamos a eles: Fred, dor no apêndice; Dalton, provável vencedor do "dando pinta" de algumas semanas atrás devido à sua discussão com os dirigentes; Conca, suspenso; e Alan, também com dor no tal órgão desnecessário. Através destas baixas, a máscara tricolor caiu completamente e ficou visível, claro, escancarado o abismo de qualidade entre um clube estruturado (Grêmio, no caso) e outro... Presidido pela marionete de quinta Roberto Horcades.
Saíram os titulares, ou seja, a nata do elenco, para entrarem reservas. André Lima, autor de um gol e mais nada; Leandro Euzébio, o pior zagueiro do futebol carioca; Marquinho, tão inteligente que Diguinho teve de avançar para dar um apoiozinho; e Wellington Silva, jogador de dezessete anos, inexperiente, vendido para o Arsenal, usando a dez no jogo mais importante do ano até o momento. Não precisa dizer mais nada, né? Por amor de todos os deuses.
Pois então, por que o título desta pl
anilha é "Todos os Apêndices"? A explicação é simples. Assim como Fred e Alan terão de tirar o órgão inútil, o Fluminense Football Club também precisa de uma cirurgia. Se um ser humano pode falecer com apenas um ataque no apêndice, que dirá um clube que dispõe de vários deles! Por isso, no intuito de evitar a queda no Brasileirão 2010, o Flu deve preparar o bisturi, esterelizar os materiais e retirar os problemas. Seria excelente se a primeira incisão fosse a saída de Leandro Euzébio do time, jogador que enche a cabeça dos tricolores de lembranças envolvendo Fabinho, Ygor... E esse seria apenas o começo.
Coloco minha cara a tapa, e afirmo: o Fluminense não passa do Grêmio na Copa do Brasil. Espero estar errado, até porque bolacha alguma se compara às dores causadas pelas porradas que a torcida pó-de-arroz tem recebido nos últimos dois, três anos. E ainda tem repórter com a audácia de publicar artigos com insinuações sobre a apendicite do Fred. Com certeza dói, mas cá entre nós - retirar apêndices é a parte mais fácil. Cirurgia de risco mesmo seria retirar tumores no cérebro, também conhecidos como Unimed, Horcades...
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